“O Desafio Crítico da Sustentabilidade” é a mais recente obra da coleção Ensaios para a Sustentabilidade, apresentada pela Fundação Mestre casais. Repensar o futuro coletivo para fazer frente às crises globais presentes é o ponto principal do ensaio apresentado no dia 23 de setembro de 2025, às 12h00, no Hotel Meliá Braga.
Esta obra, editada pela Fundação Mestre Casais em parceria com a UMinho Editora e os seus respetivos autores, propõe uma reflexão profunda sobre a necessidade de transformar modelos económicos, sociais e ambientais. O livro revisita momentos cruciais do debate ambiental, desde o relatório “Os Limites do Crescimento” (1972) ao Relatório Brundtland (1987), que formalizou o conceito de desenvolvimento sustentável. A partir destes marcos, os autores analisam a evolução deste mesmo conceito, debruçando-se sobre as suas controvérsias e o atual consenso global sobre a necessidade de harmonizar o progresso económico e, consequentemente, a proteção ambiental.
Mais do que inovação tecnológica, os autores sublinham que a sustentabilidade requer mudança cultural, justiça social e vontade política persistente. Entre os temas abordados no ensaio estão a descarbonização das cidades, a aplicação de soluções baseadas na natureza, a urgência de uma arquitetura bem planeada e sustentável, o complexo equilíbrio entre desenvolvimento humano e a preservação ambiental, os desafios da gestão hídrica, a valorização de materiais autóctones como a cortiça, e a importância da cooperação transfronteiriça e da integridade nos mercados voluntários de carbono. A habitabilidade das cidades e a forma de construir são apresentadas como indissociáveis da proteção ecológica, da regulação ambiental e da gestão responsável de recursos.
“O Desafio Crítico da Sustentabilidade” vai além da mera identificação dos problemas, onde a problemática ultrapassa apenas o ambiental, é civilizacional. Assim, é apresentada uma análise multidisciplinar focada em soluções tangíveis para enfrentar as alterações climáticas, promover a justiça social e repensar o modelo de desenvolvimento para as gerações futuras. A obra convida as empresas, instituições e cidadãos a agir de forma consciente e estruturada.
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