Substituir os 5.633 autocarros urbanos existentes em Portugal por autocarros elétricos a bateria e a hidrogénio demoraria 14 anos, teria um custo extra de 1.323 M€ (para além do custo dos veículos convencionais) e evitaria, nesse tempo, um volume de emissões de CO2 de 4 milhões de toneladas. A partir de 2035, as emissões das frotas seriam nulas.
Esta é a conclusão do Estudo “CleanBusPT – Transporte Público Urbano em Portugal: O caminho para as zero emissões”, promovido pela Fundação Mestre Casais e da autoria do professor catedrático José Gomes Mendes, ex-secretário de Estado do Ambiente e da Mobilidade, e do professor Paulo Ribeiro, ambos da Universidade do Minho.
A partir da pergunta “É possível descarbonizar o transporte público rodoviário urbano das cidades portuguesas num prazo e custo suportáveis?”, os autores apresentam 11 recomendações ao governo e aos decisores públicos, que incluem a dotação de 770 M€ de apoios de fundos europeus até 2030, a proibição de venda de autocarros novos de serviço urbano com motorização fóssil e a promoção de uma rede de 10 postos públicos de abastecimento de hidrogénio para veículos.
Segundo os autores, este é um programa de descarbonização crítico para os objetivos de redução de emissões de gases de efeito de estufa estabelecidos na Lei do Clima, no Roteiro para a Neutralidade Carbónica e no Plano Nacional Energia e Clima (PNEC 2030).
Ficha técnica:
Estudo: CleanBusPT – Transporte Público Urbano em Portugal: O caminho para as zero emissões
Descarregue o estudo aqui: FMC-E#1-2021-A
Download Main Conclusions and Recommendations in English here: FMC-E#1-2021-B-SummaryEnglish
Descarregue a apresentação resumida aqui: FMC-E#1-2021-C
Estudo concluído em dezembro de 2021